MASTERCLASSES
 
MEDO
Christoph Zellweger
De 11 a 15 de setembro, sábado a quarta
10h–17h
 
PROTEÇÃO
Caroline Broadhead
De 11 a 15 de setembro, sábado a quarta
10h–17h
 
EXPOSIÇÃO DOS RESULTADOS  
Inauguração 17 de setembro, sexta
Curadoria de Caroline Broadhead e Christoph Zellweger
10h–13h
Aberto ao público até às 17h
 
18 de setembro, sábado
10h–13h
19 de setembro, domingo
10h–13h
20 de setembro, segunda
10h–17h
 
 
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«MEDO»
Encare-o como fonte de intervenção artística. Seja real ou imaginário, o medo é a nossa resposta de sobrevivência e é sempre experienciado fisicamente. O corpo atua, reage, enquanto as nossas perceções são desafiadas. Esta masterclass explora o medo como fonte de intervenções artísticas e olha para a interação entre corpo e o objeto/joia como um ponto de referência cultural e pessoal.
 
CHRISTOPH ZELLWEGER (Lübeck, 1962) é um artista  conhecido internacionalmente por ultrapassar os limites no campo da ornamentação corporal. Cria objetos poéticos, peças únicas de joalharia, produtos ficcionais e instalações, que se posicionam entre o design crítico e o objeto artístico. Investigou a obsessão das sociedades com a gordura corporal em cenários de operação, entre 2009 e 2012, e apresentou Excessories — Lets Talk About Fat em 2012. Exibiu volumes translúcidos vazios, em vidro soprado, com referências ao peso, provenientes de protocolos de operações reais, para expor os diversos destinos da gordura, que se torna metáfora de ausência, ganho e perda. O seu mais recente trabalho vai ser apresentado, em 2021, no Museu da Farmácia, em Lisboa. Desta vez, cria ampolas de vidro que contêm substâncias conhecidas ou misteriosas — pós que são omnipresentes no mundo atual. Alguns podem ser sintéticos — tóxicos e aditivos, outros salvam vidas. Feitas por indústrias poderosas e empacotadas em pequenas doses, substâncias como estas inundam o mercado e mudam as nossas vidas. Com a mistura certa de hormonas queremos reinventar-nos, com uma mão cheia de comprimidos e injeções mudamos a forma como experienciamos a vida, a forma como nos reproduzimos ou envelhecemos e como enfrentamos a morte. Há uma linha ténue entre uso e abuso, entre charlatanice, ciência e fé. Serão substâncias como a «soma» que, no Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, elimina a necessidade de pensamento crítico na sociedade e de questionamento da organização da ordem mundial? Pode a poesia ser curativa?
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«PROTEÇÃO»
Nesta masterclass intensiva de cinco dias iremos identificar o que cada participante considera ser necessário proteger. Sendo um tópico em aberto, pode ser algo sério, cómico, pessoal ou comum a todos. Vai haver desafios e debates para explorar as várias formas como a joalharia – ou outros objetos com relação próxima com o corpo – podem cumprir essa função. Caroline Broadhead
 
CAROLINE BROADHEAD (Leeds, 1950) centra-se em objetos que entram em contacto e interagem com o corpo e o seu trabalho inclui colaborações e performances. Algumas peças destinam-se a serem vestidas e alteradas através do toque e do movimento; outros trabalhos exploraram os limites externos do corpo através da luz, da sombra e do reflexo. Ensinou, deu conferências e expôs profusamente e o seu trabalho está representado em muitas coleções públicas em todo o mundo. Um livro recente, publicado pela editora arnoldsche, e uma retrospetiva no Museu CODA, nos Países Baixos, mostram quatro décadas de trabalho. Alguns reconhecimentos: Jerwood Prize for Applied Arts: Textiles, 1997; Textiles International Open, 2004, e The Goldsmiths Craft & Design Council Lifetime Achievement Award, 2017. Recém-reformada como diretora de curso do BA Jewellery Design na Central Saint Martins, é professora emérita na mesma instituição.